Jeremias Ricardo de Lima
[14.06.1917 - 22.11.2010]
soul blues
à noite
sempreapós torradas
biscoitos
sai
estica
um pouco
as canelas
longevo
lento
o olhar
curvo
para baixo
a cidade pequena
silêncio
um lado
outro
talvez pense
:
a vida é tanto
e
cataloga
estrelas
em Embrulho, 2000
..........................
o quadrado branco, futebol
ele não liga mais a tv. a cabeça baixa, os olhos vincados no chão e uma poça de água. nem conta os ladrilhos nem dorme. nem de longe um gole de café uma torrada uma xícara de chá de alfazema ou capim santo. andar a calçada é por onde não pensa. tudo é perigo no corpo. tudo tem risco demais
manter o portão da frente fechado evita que os mosquitos e a chuva entrem pela janela. quando é o dia que a chuva vem? quando é que o amigo mais velho volta?
estas coisas, antes, de algum jeito, deixavam a vida de lado. um instante e outro, tudo muito sozinho. todos os dias não liga mais a tv e repara que ao fazer a barba não vê seu rosto, que as mãos não se movem direito
em Quando todos os acidentes acontecem, 2009
Olá, Manoel
ResponderExcluircompreendo bem esse vazio (passei por ele duas vezes em anos recentes), a certeza do nunca mais, nunca mais...
A poesia/homenagem, em certa media, memória para sempre presente.
Forte abraço na poesia
dalila teles veras
q bela foto, mané...
ResponderExcluirbeijos,
annita.
é minha! é minha!
ResponderExcluirbeijo em você, annita.
júlia.