são indiferença armada. Inútil considerá-los
superfícies elásticas de veludo e macieza de existir.
Tantas vezes me arranhei ao contato deles que hoje
eu próprio me arranho e firo, felino maquinal.
Penso o gato e sua destreza, o gato e seu magnetismo.
Sua imobilidade contém todas as circunstâncias
e ângulos de ataque. Assim me seduz
o possível de um gato dormindo. [...]
Carlos Drummond de Andrade, em Corpo [fragmento]
afinal, o que buscamos não é somente "macieza de existir"?
ResponderExcluirbeijo procês,
aline.
(cada dia mais apaixonada por esses bichos.)